terça-feira, 4 de agosto de 2009

A responsabilidade de bem gerir o que pertence a Todos

1. O Jornal i, de 28 de Julho de 2009 fez publicar um ensaio de duas páginas sobre a evolução do consumo do Estado desde 1986. A máquina gigantesca, conforme as ideologias dos partidos, deveria crescer ou diminuir consoante a Direita e o Estado mínimo ou a Esquerda e o Estado mais presente. Hoje, muitos dos nossos políticos ainda vivem nesta era, mas já nada é estanque, cada caso é um caso, não há modelos económicos ou políticos certos. Tudo o que é humano é dinâmico e só isso justifica que coisas muitos boas se façam, mas também algumas muito más.Desde 2002 que andamos a ouvir que estamos em crise. Ou crise de gestão do Estado o que dá em défice grande (há alguma casa que aguente gastar mais do que aquilo que ganha?!). Ou crise financeira, externa ao Estado mas talvez permitida pelo Estado por má regulação anterior. O Estado aqui pode tudo... o colapso ou um Caminho para a Nação. A indignação passa-me naquele texto, sobretudo, ao descobrir que segundo o investigador que o assina, Ricardo Reis da universidade de Columbia (E.U.A.), o Governo que mais gasto provocou na contabilidade estatal foi o de 2002 a 2006.
Sinto-me enganado. Trabalhei eu e todos os portugueses que puderam, apertando o cinto como se dizia e os políticos que geriam o Estado nessa altura nos pediam. No fim de contas, os gastos e a máquina do Estado cresce ainda mais. Será por via daquilo a que chamam os “boys”? Infelizmente, o caso não foi isolado e apenas uma excepção se registaria no estudo (graças ao esforço do governo mas também do nosso, os cidadãos), não fosse a crise económica que vivemos agora.
É difícil acreditar assim. Já não sabemos bem o que é mesmo de verdade ou apenas o é por intenção. É preciso mudar isso...!

2. Quase poderiamos, com atenção grave, pensar em extrapolar o mesmo estudo para os governos locais do nosso país. O que eram os gastos em pessoal dos Municípios há alguns anos atrás, o que serão esses gastos agora? Quem entrou, quem saiu? Como e porque entraram os que entraram, porque saíram os que saíram? O que fazem e como fazem os que estão?
Que tipo de concursos ou ajustes foram feitos para que fossem escolhidos? Que parcerias (mais ou menos) público-privadas se fazem que muitas vezes não se traduzem com este nome ao público mas em denominância de ‘subsídios’ e com que estratégia política? Para que os outros façam o que não queremos fazer (ou não sabemos)?... ou para movimentar e estimular o sector privado? Que sector privado? Um desinteressado dos poderes políticos ou um sector onde estejam ligadas as pessoas, as mesmas, que gerem os bens públicos?

Quem entrou por via justa e honesta (todos!) com que motivação está? Como está o seu bom potencial aproveitado? como está a sua motivação, a sua criatividade a crescer e o seu esforço e rendimento humano ao serviço de todos nós?
Como serão os exemplos concretos das nossas autarquias próximas? Melhor ou pior que a média? Haverá discussão aberta destes assuntos da Democracia e da gestão do bem público ao serviço do público?
Estou certo que sim...
Pedro Neto,
apoiante do Movimento Adoro Aveiro

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