quinta-feira, 30 de julho de 2009

Saber ouvir para saber fazer e decidir.

Nos últimos dois meses, o Movimento AdoroAveiro e a candidatura de José Costa à Câmara Municipal de Aveiro, chamaram especialistas aveirenses em diversas áreas e convocaram os cidadãos para lançar ideias, propostas e testemunhos que apoiassem o projecto alternativo  de governo para o nosso Concelho.

Governar uma autarquia implica proximidade, implica responsabilidade e, acima de tudo, ser capaz de criar soluções inovadoras para resolver os problemas prementes e antecipar as ameaças do futuro. Saber ouvir torna-se um requisito essencial e esta candidatura tem demonstrado com as suas iniciativas, que para fazer é preciso ouvir e colocar o que se ouve em prática e promovê-lo estratragicamente. 

Por outro lado, saber gerir e juntar massa crítica é uma premissa fundamental para construir um projecto de Concelho para Saber Fazer e Saber Decidir. Foi com esse intuito que juntámos os especialistas da nossa terra para os envolver no nosso projecto de Concelho e a par disso visitámos e trouxemos ao nosso espaço os elementos da sociedade civil que queremos que sejam parceiros e participantes activos deste processo. Cada aveirense na sua qualidade de cidadão foi chamado e muitos participaram com o seu contributo e, sobretudo, tiveram a oportunidade de discutir o futuro da sua comunidade.

O processo de auscultação de ideias, contributos e testemunhos para o nosso projecto de autarquia continua. Para isso, adere ao movimento em www.adoroaveiro.com ou simplesmente, usa este blogue, o facebook ou o twitter

O Movimento AdoroAveiro.




segunda-feira, 27 de julho de 2009

Conclusões das Conversas sobre o Futuro:

As “Conversas sobre o Futuro” continuam a decorrer no presente no espaço Adoroaveiro. Desta vez falou-se sobre um tema gerador de paixões e de difícil definição: a cultura.

Perante uma sala cheia Carlos Martins, director executivo de Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012, iniciou a sua intervenção fazendo uma “declaração de interesses” apresentando-se como um gestor cultural que procura olhar a actividade cultural como potencialmente geradora de riqueza, em flagrante contraste com uma visão subsídio dependente muitas vezes associada às práticas culturais.

Defendeu que os espaços culturais devem ganhar cada vez mais a função de desencadear a vontade e o desejo de participação dos cidadãos em todo o processo de construção e vivência cultural.

Questionou igualmente a organização convencional dos pelouros nas autarquias, onde a cultura aparece frequentemente como um pelouro autónomo. Para ele, a cultura deve ser transversal, contaminando todo o trabalho camarário, desde a educação até á economia. Defendeu igualmente a profissionalização e a independência dos trabalhadores da autarquia (ou contratados para o efeito) em relação ao poder político.

João Aidos, director do Teatro Virgínia, Torres Novas, e engenheiro especialista em espaços cénicos, defendeu a realização de contratos programa com os agentes culturais para de essa forma existir mutua responsabilização entre a entidade financiadora e a executora. Defendeu que é importante pensar a cidade articulando, organismos e instituições, referindo a experiência do projecto “Aveiro à volta do património”. A procura dos factores de diferenciação positiva que Aveiro pode apresentar, a articulação da actividade cultural com o turismo, e sua ligação à produção de conhecimento que emana da universidade, são outros factores fundamentais para que a cultura possa ser uma plataforma de cidadania e bem estar.

Em resumo, apontou-se para a substituição do papel programador cultural por parte da câmara, por uma acção mediadora entre os produtores e os consumidores culturais.

Estas conversas irão continuar incidindo sobre os agentes culturais e terminar nas grandes linhas estratégicas para uma nova política cultural.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Agenda de eventos culturais da região de Aveiro

Águeda-Agitágueda
http://www.soberaniadopovo.pt/portal/index.php?news=11835

Aveiro - Festa da Ria
http://www.cm-aveiro.pt/www/Templates/GenericDetails.aspx?id_object=32243

Ílhavo - Peça de teatro - Saia Curta e Consequência
http://www.centrocultural.cm-ilhavo.pt/index.php?option=com_eventlist&Itemid=&func=details&did=168

Ílhavo - Semana Jovem

http://www.cm-ilhavo.pt/main.php?srvacr=pages_76&mode=public&template=frontoffice&layout=layout&id_service=76&id_page=1153

Aveiro - Festim

http://www.festim.pt/

Oliveira do bairro - Fiacoba
http://quiosquedasletras.blogs.sapo.pt/204467.html



A partir de hoje, o blogue do Movimento AdoroAveiro vai ter uma agenda de eventos culturais do Concelho de Aveiro e concelhos limítrofes.

Políticas Locais de Educação, Professor Doutor Júlio Pedrosa

Linhas gerais para pensar políticas autárquicas de educação
Que sectores ou áreas de educação devem as autarquias eleger para a suaacção prioritária em matéria de educação?
A primeira plataforma para se desenharem e adoptarem políticas autárquicas consequentes será a que permite estimular a participação e o envolvimento das comunidades na educação. Assim se alimentará a busca e consolidação de um entendimento comum sobre a ideiade educação, a missão da escola e as responsabilidades dos seus parceiros. O Conselho Municipal de Educação e os Conselhos Gerais das Escolas e Agrupamentos são as sedes formais naturais para a afirmação desta primeira prioridadeautárquica em educação.
Os diferentes modos de entender a educação, que acima referi, conjugados com a ideiade que a educação é condição primária de desenvolvimento humano, permitem-me alinhar outras áreas prioritárias de acção para uma autarquia.
i. Educar significa crescer como ser humano, desenvolver-se, aprendera ser e a viver com os outros. É a educação que começa ao nascer, ouantes de nascer, quando um casal decide ter filhos. Esta visão da educação acentua a importância e justifica o relevo que deve serdado aos primeiros tempos de desenvolvimento da criança, desde antes de nascer. O desenvolvimento da criança liga-se naturalmente com as condições de vidadas famílias: sociais, culturais, económicas. Aponta para a articulação de políticas educativas com políticas de acção social e de saúde. Justifica que se dê atenção, se desenhem estratégias e se invistam recursos para se dispor, localmente, de condições de apoio ao desenvolvimento da criança dos 0 aos 3 anos e dos 3 aos 5 anos.
Implica,ainda, uma compreensão bem fundada do que é primário, ou primeiro na educaçãoescolar: os primeiros seis anos da escola. Trata-se, pois, de cuidar do apoio directo ás famílias e de serviços diversos:amas, creches e outros modos de proporcionar cuidados e ambientes próprios dedesenvolvimento e educação. Compreender e dar expressão à relevância destadimensão da educação será a segunda plataforma a considerar no entendimento do quepodem e devem ser as escolhas essenciais, a nível autárquico.
ii. EDUCAÇÃO pode significar instrução geral, aprendizagem,compreensão e capacidade de usar saberes, conhecimento de diversanatureza.
EDUCAÇÃO é pois, aprender a conhecer, compreender os princípios queexplicam o mundo físico e natural que nos cerca, as pessoas com quem convivemose nós próprios. É a instrução, o ensino dos saberes essenciais, primários e aprender ausar estes saberes. Exige, então, o desenho de uma rede de escolas de seis anos que facilitem o envolvimento das famílias e das comunidades em que as crianças vivem e se desenvolvem. Requer que se entenda o que é educar e instruir nestas idades, de modo que se proporcionem os equipamentos e recursos escolares adequados à missão que cabe a estas instituições. Agora, que a escolarização se expande até aos 18 anos, requer-se, também, uma cuidada oferta de educação secundária, do 7º ano actual até ao 12º ano. Não me parece que uma autarquia que decida investir o que deve em educação possa deixar de considerar a educação escolar secundária (geral e profissional) da suaagenda. A educação, dissemos já, em certas circunstâncias, tem o foco no saber fazer, no conhecimento para usos específicos. Falamos de formação vocacional ou profissional, uma frente de expansão prioritária na educação secundária. Este é um domínio em que a articulação entre parceiros, actores e agentes éessencial, no desenho da rede de ofertas e na criação das condições próprias para que seja uma educação de qualidade. As autarquias do Baixo Vouga, as empresas as instituições de educação secundária e superior têm que se entender e cooperar. Subimos, assim, à terceira plataforma de responsabilidades autárquicas emEducação: a educação escolar dos 6 aos 18 anos. É uma plataforma em que se desenharão áreas de intervenção e níveis de responsabilidade diferenciados, mas a exigirsempre estratégia e acções pensadas e conduzidas de modo articulado.
4. Linhas gerais para pensar o desenho de políticas locais de educação
i. A Educação é uma condição primária, fundamental, dodesenvolvimento humano. Desenvolvimento entendido como Liberdade. Entender os fins da educação e proporcionar a todos a melhor educação que se puder, desde que se nasce, é um lúcido acto de qualquer político responsável, solidário e justo. Eleger o Conselho Municipal de Educação e os Conselhos Gerais das Escolas e Agrupamentos como plataformas na busca de um entendimento sobre os fins da educação e as responsabilidades de cada parceiro.
ii. A educação começa ao nascer, ou antes de nascer,quando um casal decide ter filhos. O desenvolvimento de condições para boa educação na primeira infância, através deapoios directos a famílias, de serviços de amas, de creches e outras vias é, assim, umaquestão crítica em política local.
iii. A educação geral, fundamental, e a educação vocacional eprofissional requerem modos organizados, ambientes específicos, instrumentos e conhecimentos, enfim, escolas bem planeadas, bem desenhadas, bem construídas e bem equipadas.Considerar o desenho de uma rede de escolas dedicadas à educação primária, ouprimeira, ou básica, de seis anos, que facilitem o envolvimento das famílias e das comunidades em que as crianças vivem e se desenvolvem.E não me parece que uma autarquia que decida investir o que deve em educação possa deixar de considerar a educação escolar secundária da sua agenda, isto é, de cuidarda oferta de educação secundária, do 7º ano actual até ao 12º ano. Educação geral e educação para o saber fazer, vocacional e profissional. Esta área acrescenta exigências e requer entendimento e cooperação continuada entre actores e agentes locais (autarquias da região, pais, empresas, instituições de educação e formação,associações culturais e científicas …)
iv. O desenvolvimento de políticas locais de educação e a sua aplicação tem exigências de conhecimento, de saberes e de experiência que não existem nas autarquias.
Dotar-se de pessoas com saber, interesse e experiência relevantes é pois uma questão central.
Professor Doutor Júlio Pedrosa
Mandatário da Candidatura de José Costa à Presidência da Câmara Municipal de Aveiro

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Projectos para a cidade sem discussão alargada

Sabiam que vai ser construída uma nova ponte no Canal Central entre a Ponte da Dobadoura e o Rossio?

Obras estruturantes para a cidade sem discussão pública?

Definir concursos públicos sem estudar qual é a melhor solução e se é esta a melhor localização?

Não deveria contemplar uma pista ciclável e não ser apenas uma solução pedonal?

Como resolver o trânsito da Rua do Clube dos Galitos e da Rua Bernardino Machado?

Sabiam que no dia 20 de Agosto acaba o prazo de entrega das propostas do concurso público para a concepção desta nova ponte?



Que mobilidade para Aveiro?

Aveiro tem condições para estar entre as cidades de referência a nível europeu no que toca à mobilidade urbana. Não apenas pelas suas características físicas, pela sua imagem de marca (ainda será?) de "Cidade das Bicicletas" mas também pelo centro de conhecimento que é, um novo modelo de mobilidade é urgente para garantir aos aveirenses uma melhor qualidade de vida.

Em Bocholt na Alemanha apostou-se em transformar a cidade numa área mais compacta com um aumento da densidade populacional e nas distâncias curtas entre residência e actividade, com controlo da expansão urbana e condições favoráveis a ciclistas e peões. Esta aposta resultou em 90% da população da cidade vive a 3 km do centro e 33% das deslocações são feitas de bicicleta.





Brugge, na Bélgica, afirmou-se como a "Cidade do Peão": as ruas com menos de 100 veículos/hora foram transformadas em espaço de partilha, os passeios foram rebaixados nas restantes ruas, condições físicas construídas para cidadãos de mobilidade reduzida e sinalização em relevo para invisuais. Os resultados são excelentes: não foi registado qualquer acidente com peões desde que o plano foi implementado, há mais vida na rua, mais comércio, mais qualidade de vida, mais atracção de novos habitantes, maior satisfação dos cidadãos;





Gotemburgo, na Suécia, valorizou os seus transportes públicos numa lógica de combinação de soluções de controlo de tráfico e detecção automática de veículos. O programa levado a cabo nesta cidade sueca teve como principais elementos de sucesso a criação de uma entidade de transportes responsável pela gestão integrada dos transportes (tráfego, autocarros, comboios, aposta forte na informação de horários). Este programa teve como principais consequências uma diminuição dos tempos das viagens, diminuição dos tempos de espera de 22%, elevado grau de informação em tempo real);

São alguns exemplos de apostas ganhas na área da mobilidade. Que modelo ou modelos a implantar no Concelho de Aveiro? Que perspectivas têm os aveirenses sobre a forma como se deslocam da área de residência para o seu trabalho e no lazer? Será o transporte privado a única alternativa? Porque não tornar Aveiro de novo a "Cidade das Bicicletas"?

João Vargas
Apoiante do Movimento AdoroAveiro

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Contributos para uma (nova) política cultural

Por razões que não são importantes para esta conversa, tive esta semana oportunidade de ter uma longa conversa com elementos da direcção do Mercado Negro. Este espaço faz este ano três anos de existência.

O Diário de Aveiro em 6 de Junho de 2006 noticiava desta forma a sua abertura: “… Vai surgir numa casa antiga, com vista privilegiada sobre o Canal Central. Com uma programação cultural regular e que visa conquistar um público que procure qualidade e algo pouco convencional, Mercado Negro inclui um pequeno auditório com capacidade para 90 pessoas, um café dividido por três salas que também podem servir como galeria de arte, a loja de música dB, a livraria O Navio de Espelhos, a loja Lollipop, a loja de design Miyabi, que promete apostar em peças exclusivas de design mas também apoiar criadores nacionais, uma pequena uma sala de jogos e ainda a galeria de arte Poc de Tot que vai dar espaço e visibilidade aos novos criadores, em áreas tão diferentes como artes plásticas, joalharia, pronto-a-vestir, decoração, entre outras

Passado este tempo as lojas não são as mesmas, mas o espírito ainda lá habita, bem vivo.

Valeu (vale) a pena criar e manter este projecto cultural numa cidade com Aveiro? Foi a pergunta central a que era importante dar resposta.

Como em tantas ocasiões na área da cultura, escapa da boca dos protagonistas algum desapontamento em relação aos resultados expectáveis. Inovar é complicado em todas as áreas. Na cultura, é quase sempre um trabalho solitário, incompreendido, pelos que estão próximos, mas muitas vezes admirado quando visto de longe.

O que existe de novo no Mercado Negro é uma política de total ausência de subsídio-dependência.

É o preço da liberdade.

Não ouvi um comentário ou uma crítica à falta de apoio. Isto não implica que não tenham uma profunda consciência do papel cultural, formativo e inovador que desenvolveram durante estes anos, à margem do vazio da política cultural de uma cidade anestesiada.

É chegada a altura de se inverter o paradigma (digo eu):

não são as associações culturais que precisam de apoio, é a sociedade e os seus dirigentes, que assumiram o poder nas Câmaras e no Estado, que necessitam das associações para poderem cumprir cabalmente o seu papel na criação de uma melhor qualidade de vida das pessoas.

Como é qualquer actividade o futuro sustentado da actividade cultural, amadora, semi-profissional e profissional, passa pela implementação de contratos programa onde haja responsabilização das partes em relação a conjunto de acções mutuamente acordadas. Quem é profissional desenvolve um programa a tempo inteiro, quem não o é (e existe igualmente espaço para eles) apresentam planos compatíveis com as suas vidas.

Voltando ao Mercado, senti necessidade de saber com mais exactidão o que foi feito, e fiquei com uma enorme vergonha pela inércia, pelo cansaço que não fui capaz de evitar em nome da eficácia e de empenhamentos quase patéticos, na minha vida profissional. Lá fora da minha vida, corria um programa musical impressionante, que eu não desdenharia de desenhar, num plano teórico, se por acaso tivesse de falar sobre o que deveriam ser as componentes culturais de uma cidade moderna.

Para quem (como eu) não tenha tido energia para mais, encha-se de coragem e gaste o resto da sua energia a clicar em http://www.lastfm.com.br/venue/8825141. Poderá ouvir alguns dos artistas que passaram no Mercado Negro: Tiago Guillul (12/2/09), Butcher The Bar (22/01/09), The Partizan Seed(11/12/08)ou Kimya Dawson (21/05/09), gostei particularmente desta última artista.

Já clicou?

Pois é, foi mesmo aqui que passou tudo isso, em Aveiro(!) onde nos vamos vivendo auto-amordaçados pelo marasmo cultural dominante que nós aceitamos como se fosse um destino, uma fatalidade, algo que nos foi introduzido na alma durante 48 anos e que, para espanto de Darwin, talvez tenhamos herdado do nosso património genético.

Felizmente que, olhando para gente desta, ficamos com a certeza que o gene da passividade é outra das invenções dos passivos.

 

“A experiência é a cicatriz de todas as coisas”

Maria Velho da Costa (Casas Pardas)

Paulo Trincão

Apoiante do Movimento AdoroAveiro

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Conversas sobre o Futuro, Hoje às 21h, Políticas Locais de Desenvolvimento do Turismo com Prof. Carlos Costa

Conversas sobre o Futuro - Hoje às 17h "Políticas direccionadas à população Sénior"



Visita a instituições de apoio a cidadãos com deficiência e conclusões das Conversas sobre o Futuro sobre o mesmo tema

A candidatura socialista à Câmara Municipal de Aveiro, liderada por José Costa, visitou, esta segunda-feira, à CERCIAV e à APPACDM, duas instituições vocacionadas para os cidadãos com necessidades especiais.

A jornada terminou com um debate, no espaço AdoroAveiro, sobre políticas de apoio ao cidadão deficiente, que procurou dar respostas a duas perguntas: Estão aquelas instituições, está a cidade, estamos todo nós (sociedade) a dar as respostas de qualidade que a condição destes cidadãos merecem, às quais têm direito?

Em que é que a Câmara Municipal e as instituições podem contribuir para melhorar tal condição?

Da eliminação das barreiras arquitectónicas ao fim do estacionamento em cima dos passeios, com vista a incrementar a mobilidade física, passando pelo incremento do acesso às novas tecnologias da comunicação ou promoção de actividade culturais pensadas e concebidas para pessoas com deficiência, sem esquecer a promoção da autonomia económica, visando a inclusão social plena destes concidadãos. O diagnóstico tem vindo, de há muito, a ser feito. Pode ainda não estar completo. Mas, uma certeza existe: a de que muito está, ainda, por fazer!

Urge, por isso, definir políticas, estabelecer estratégias e encontrar respostas para os problemas em concreto. Como é que uma câmara pode ajudar/ apoiar, sabendo-se que os recursos não são inesgotáveis?

Uma das sugestões foi a criação de um gabinete especializado, na Câmara, que funcionasse como facilitador, como catalisador das iniciativas de emprego e  estágios, como promotor do mercado de trabalho para as pessoas com deficiência.

A criação da figura do provedor municipal da pessoa com deficiência foi outra das propostas.

Outra possibilidade referida foi a instituição de um Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência.

Sugestões e propostas, por natureza insuficientes e parcelares, mas que apontam para a necessidade de fazer de Aveiro, cidade e concelho, uma comunidade acessível a todos, uma sociedade inclusiva.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Conclusões das "Conversas sobre o Futuro": Inovação com Professor Jorge Alves e Professor Pedro Vilarinho

Quando se fala em Inovação é importante desfazer o chavão e ir de encontro à simplicidade do seu conceito. Resumindo, Inovação é fazer o que os outros não fazem. Como posicionar Aveiro como um centro inovador e como lhe conferir a diferença?

A forma mais simples é conhecer o que os outros já fizeram e que resultados estão a ter. Um dos exemplos de política de inovação, os Parques Tecnológicos, já não são inovadores, dado que existem muitos casos de empresas com um grau muito elevado de processos inovadores que não se conseguem estabelecer na maioria dos Parques Tecnológicos que não têm a vocação para receber as empresas realmente inovadoras ou não têm aquilo que elas realmente precisam.

Para uma cidade poder tirar partido da Inovação, importa reter as seguintes componentes:

-       Recursos Humanos: fixar nos recursos humanos, pensar em formas de atrair pessoas altamente qualificadas (Estados Unidos) e possibilitar um melhor acesso aos mercados (internacionalização). 

Aveiro é centro de excelência no que toca a posição geo-estratégica e infra-estruturas. Como se põe tudo isto a funcionar?

A aposta em clusters focando em áreas específicas em que realmente Aveiro é muito bom a produzir, criar e criar valor acrescentado (exemplo: cluster no software na UMinho tem criado empresas de Lisboa a Braga, encontrar empresas ligadas à UMinho e juntar as pessoas em volta desse cluster que entretanto foi tornado centro de excelência e agora associação sem fins lucrativas. Começaram com 6 empresas, muito bem seleecionadas. Empresas ricas nos respectivos mercados e liderantes em todos esses mercados e pequenas estrelas (jovens empresas) apoiadas no processo de internacionalização (uma das pequenas empresas foi vendida à Microsoft).

Definir qual o segmento de mercado que somos mesmo excepcionais é uma pergunta essencial para quem quererá tornar uma região mais competitiva com base na Inovação.

A desmaterialização de transacções = foco do cluster (hoje tem 24 empresas) seleccionados 4 projectos onde realmente se pode ser competitivo) está a atrair para a região de Braga um conjunto de outras empresas e recursos altamente qualificados. As empresas-base puxam pelas empresas mais pequenas que a circundam, é importante chamar no período inicial empresas de grande dimensão que arrastem outras e que façam nascer outras.

-       Outra componente: criação de empresas de base tecnológica (COTEC: está a desenvolver projecto com 2 empresas deste tipo)

 Capacidade em atrair e reter recursos humanos altamente qualificados, puxar estas empresas é extremamente importante para desenvolver um sistema de inovação numa determinada região. As pessoas altamente qualificadas só se estabelecem numa cidade quando ela oferece infra-estruturas de trabalho de nível elevado, áreas residenciais de qualidade, uma cidade com grande mobilidade e com ofertas comerciais, culturais e de serviços mais sofisticados. Em Aveiro é possível criar estas condições para trazer estes recursos humanos e é aí que uma autarquia pode mexer.

Existem componentes que estão ao alcance de uma cidade e outros que não, quando se fala em desenvolvimento criado a partir de sistemas de Inovação. Cidades e Inovação são explicadas através de um quadro sistémico, onde é necessário compreender as limitações que um Município pode ter quando se cogita uma politica baseada na Inovação (um exemplo são limitações na ordem das competências, como orientações e politicas comunitárias). É bom ter sempre esta ideia de que uma autarquia não pode fazer tudo se quiser contemplar uma politica de inovação.

Componente Organismos que estão presentes no território (CM, Escolas, Sindicatos, Empresas, Bancos) = sistema de inovação, capacidade de intervir na inovação é limitada. É necessário que hajam maiores convenções de âmbito cultural que promovam a inovação (regras de jogo podem ser desajustados). As convenções no fundo é a mentalidade do risco, de querer rumar ao desconhecido e sobretudo não deitar abaixo uma ideia inovadora quando esta obtém insucesso. Para uma politica efectiva de Inovação, para um Município poder criar um sistema de inovação é necessário criar condições para mudar o raciocínio atávico que premeia o sucesso e desacredita o insucesso, falhar é uma característica essencial de um sistema de inovação, porque se ruma ao desconhecido e uma grande ideia pode falhar muitas vezes. Inovação é risco, a probabilidade do falhanço é forte e uma convenção cultural atávica (mentalidade baseada exclusivamente no sucesso) pode bloquear uma politica assente nos pressupostos da inovação.

A criatividade é a capacidade de se fazer raciocínios sem recorrer ao património educacional que se obteve. Processo educativo não incentiva a criatividade, porque nos dá a solução. Ser criativo é ir alem do que já se aprendeu e não tornar mimética a resolução de problemas. Solucionar problemas sem usar a solução já experimentada. E podem ser os problemas do dia-à-dia das pessoas, pode não ser uma grande cãoenção tecnológica, apenas uma solução de um problema quotidiano.

Uma cidade pode contrariar esta tendência, da mentalidade atávica? Uma cidade pode ser original e criativa. Ser diferente, ser ousada. A anormalidade no inicio do século XX em Barcelona é hoje a sua normalidade e a sua geneliadade. Desenvolver e por em prática uma ideia que no presente é inconcebível é o espírito de uma cidade com mentalidade inovadora, capaz de criar mais riqueza. A Universidade de Aveiro é um caso prático deste pensamento, há 20 anos era uma Universidade de uma cidade afastada dos grandes centros, hoje é um centro de referencia.

Como é que Aveiro é inovador? São necessárias infra-estruturas, mas sem mudança da mentalidade das pessoas é impossível criar um concelho inovador. São as pessoas que  fazem de Aveiro inovador ou não. É um fenómeno epidémico, necessita de massa critica. É necessário criar as condições para que este rastilho pegue. Há um sistema estabelecido (pressuposto que se parte), é importante começar a fazer infra-estruturas e a criar condições para que a criatividade surja. Se se for criativo, é possível encontrar as pessoas que se pode partilhar ideias e de quem tem iniciativa. Um líder concelhio pode tornar possível e dar as condições para que elas se juntem. 

Criar um espírito criativo e inovador

Clusters: que tipo de áreas Aveiro podia ser inovadora?

É necessário seleccionar uma área onde as grandes empresas mundiais estão a investir (computação molecular, por exemplo), estabelecer um portfolio de coisas que estão a acontecer e que Aveiro pode oferecer e competências que estão a ser geradas na região em relação ao que vem da Universidade e dos Politécnicos.

Fazer o que os outros não são capazes de fazer. Inovação não é só economia. Aveiro foi extremamente inovador com as Bugas.  Esta ideia pode ser extendida a outros domínios criativos, é necessário dar respostas alternativas a problemas comuns das pessoas. Poderia ser uma grande inovação conseguir interagir com outros municpios limítrofes. É necessário ser criativo com as contas da Câmara, era possível por exemplo fazer um bom negocio com a marca Bugas e dar o proveito e uso às pessoas. 

Aveiro tem tecnologia e tem sistemas de inovação mas... falta a mentalidade criativa e inovadora. Por isso, temos uma ria, temos gastronomia, temos tecnologia (electrónica e computadores) e podemos investir e encontrar áreas inovadoras com grandes margens de lucro e com grande capacidade distributiva pela população como os produtos e áreas tradicionais.

Movimento AdoroAveiro

 

sábado, 11 de julho de 2009

Uma cidade e Concelho sustentáveis (Conclusões das Conversas sobre o Futuro sobre Políticas Municipais de Ambiente)

Um milhão de euros, aproximadamente, foi quanto a Câmara Municipal de Aveiro gastou, em iluminação pública, em 2008, seguindo as contas da autarquia. Uma factura energética elevada, que poderia ser susbstancialmente reduzida com a adopção de medidas simples, de racionalização dos consumos, como a a troica de lâmpadas. A eficiência energética foi um dos temas abordados, esta quarta-feira, durante mais uma das “Concersas Sobre Futuro”, que o Movimento AdoroAveiro e a candidatura de José Costa (PS) à Câmara de Aveiro têm vindo a promover na sua sede, à rua Batalhão Caçadores Dez, nº 52, em Aveiro. Desta vez a conversa era foi sobre Ambiente e o animador o professor José Manuel Martins, da Universidade de Aveiro.
A poluição atmosférica, a qualidade do ar que respiramos e da água, o ordenamento do território e o planeamento urbanístico, a recolha e o tratamento dos lixos e dos esgotos foram, igualmente, objecto de uma conversa tão necessária qaunto longa e, por vezes, acalorada. Relevo, também, para as preocupações dos vários intervenientes – aveirenses de diferentes quadrantes político-partidários que gostam de Aveiro - quanto à necessidade requalificar da avenida Lourenço Peixinho e dinamizar o centro da cidade em geral.
Preocupações, ainda, quanto degradação da floresta e ao estado de abandono da ria de Aveiro, enquanto potencial de desenvolvimento económico e social e elemento diferenciador da cidade. À laia de conclusão, o candidato socialista à Câmara de Aveiro, José Costa, defendeu que a qualidade de vida que os aveirenses sonham e perseguem exige que a cidade e o concelho se desenvolvam de uma forma sustentada, com preocupações ambientais. “Queremos ser um Município exemplar em termos de eficiência energética (a Câmara deve dar o exemplo!) e em todos os aspectos ambientais”, afirmou o candidato, José Costa.
De entre as propostas e ideias sérias para as políticas ambientais para Aveiro, de referir as seguintes:
- A promoção de uma Educação Ambiental forte, principalmente junto dos maispequenos que são mais receptivos e bons condutores da informação, tendopresentes as preocupações da água, do ar, da ria, da biodiversidade e dareciclagem. Defendendo mais informação para todos. Foram dados comoexemplos a Escola de Cacia onde se está a fazer um bom trabalho na educaçãoambiental e a C. M. da Figueira onde através da promoção das suas riquezas,como a sua gastronomia conseguem contribuir para a preservação do seu meio.
- Necessidade de ressuscitar algumas das características e tradições deAveiro, pois a Manutenção das Tradições ajuda a preservar o que temos,acrescentando que é uma forma de mais facilmente mobilizar-se as pessoas aparticipar. Sobre este tema falou-se também do sal, que em Aveiro já não éuma actividade rentável mas que pode funcionar como um museu vivosubsidiado pela Câmara, explorando-se o campo turístico.

- A Consolidação da Malha Urbana ajuda logicamente a conseguir asustentabilidade ambiental, não é racional criarem-se transportes, escolas,redes de abastecimentos ou tantas outras coisas para servir apenas algumaspessoas.- Melhorar a Eficiência Energética devia ser também uma das premissas a terem consideração, sendo o exercício público o primeiro a dar o exemplo, nosseus edifícios, na iluminação, etc.

- Aproveitamento dos Resíduos Florestais para produção de biomassa, paraalém de ser outra forma de produzir energia é um contributo para a limpezae preservação da floresta.
Movimento AdoroAveiro

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Conclusões das Conversas sobre o Futuro - Indústria e Empresas

No passado dia 3 de Julho, sexta-feira, tivemos o prazer de receber no Espaço AdoroAveiro vários empresários e gestores Aveirenses de reconhecido mérito que para alem de nos terem conferido algumas notas sobre o seu negócio manifestaram as seguintes preocupações

 

  • A necessidade de haver uma liderança local que transmita as preocupações do tecido empresarial local e que possa influenciar a política governamental;
  • A necessidade de fazer um planeamento estratégico que envolva os agentes locais;
  • A necessidade de encontrar formas de simplificar os processos de licenciamento – Serviços que ajudem as empresas a ultrapassar a complexidade do enquadramento legal.
  • A necessidade de ajudar as empresas que têm dificuldades de espaço nos seus processos de expansão;
  • A necessidade de envolver as nos processos de planeamento e ordenamento do território.
  • A necessidade de melhorar significativamente o ordenamento e qualidade do espaço público nas áreas que acolhem as empresas;
  • A necessidade de criar uma política de transporte público que sirva de forma adequada as zonas empresariais;
  • A necessidade de oferecer um serviço integrado de recolha de resíduos industriais – Ponto de recolha para várias empresas;
  • Necessidade de contribuir para fixar jovens quadros que pretendem criar empresas no Concelho de Aveiro;
  • A necessidade de definir alguns sectores em que Aveiro e/ou a região do baixo Vouga possam ter alguma vantagem competitiva (ex.: fileira florestal, energias renováveis, telecomunicações);
  • A influencia que a qualidade de vida no Concelho de Aveiro pode ter na fixação de quadro altamente qualificados (ex: qualidade na oferta de educação / formação, oferta de saúde, oferta cultura, qualidade do espaço urbano, etc.).

Estas preocupações dos empresários poderão ter outra abordagem por parte da autarquia. O poder local  pode funcionar como propulsionador do crescimento económico e não apenas uma entidade que presta serviços básicos aos cidadãos. O apoio directo aos empresários e às indústrias é um elemento fundamental numa politica local vocacionada para garantir maior desenvolvimento económico. Concluindo, foi uma sessão muito importante para compreender os problemas reais da economia local, bem como para lançar às empresas desafios em como olham para a sua relação com o meio e, concretamente, com a sua autarquia. 

Conversas sobre o Futuro - Políticas Municipais de Ambiente, Hoje no Espaço AdoroAveiro pelas 21h com comentários do Professor José Manuel Martins


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Inauguração do espaço Adoroaveiro - 4 de Julho de 2009


Se alguém ainda tinha dúvidas que o movimento Adoroaveiro representava uma nova maneira de fazer política, elas ficaram claramente dissipadas com a inauguração do espaço público que vai servir de sede de campanha.


Mais do que uma festa, que durou toda a tarde de sábado, os que lá passaram (e foram muitos!) puderam participar num exercício sobre o que pode vir a constituir as bases de uma nova política cultural, activa e sobretudo inclusiva.


Foram criados um conjunto de “rubricas” a que se pretende dar continuidade até Outubro:

- Micro galeria
- Um toque clássico
- E tu como o farias?, espaço de debate político
- Momento de magia
- A hora da palavra


Teve particular significado o nosso candidato ter iniciado a hora da palavra lendo uma poesia de Miguel Torga. Aveiro, precisa de um presidente culto e activo, e ao ouvi-lo, cresceu em nós ainda mais esse desejo. A emoção e a ternura jorraram abundantemente da voz de Isabel Almeida, ao ler em seguida dois magníficos poemas.


A qualidade do duo Luís Toscano (voz) e Tiago Matias (cordas) criou um ambiente suave e envolvente para início de festa.


Outra agradável surpresa foi espaço de debate político, “e tu como farias” onde o Dr. José Costa com o apoio de Paulo Trincão conversaram e sobretudo ouviram, algumas preocupações e sugestões sobre a política cultural do município.


Entre estas actividades era possível ver espalhados pelos diversos espaços, atractivos e confortáveis, pequenos grupos de pessoas que ao verem as portas abertas iam entrando, é certo que com uma pequena ajuda de um Mimo que encantou sobretudo as crianças. A conversa e a visita à exposição colectiva de pintura de Jeremias Bandarra, Jaime Borges, Carlos Souto, Hélder Tércio, Artur Fino, José Bello, Patrão Lopes e José Augusto, foram ocupando os visitantes até ao início de uma nova actividade.


A magia que se foi criando foi muito bem aproveitada por Filipe Monteiro que mostrou a todos o papel que esta forma de arte pode ter na motivação e fixação de públicos.


E como era festa não faltou um bom espumante da Bairrada!


E como era do Partido Socialista não faltaram as rosas, vermelhas é claro.


Para quem não esteve lá, vale a pena estar atento ao programa do espaço porque isto foi só o princípio.


Esperamos por todos!

Sofia Cunha e Paulo Trincão

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Campus da Justiça aprovado em Conselho de Ministros




A decisão do Conselho de Ministros em aprovar o Campus da Justiça na Praça Marquês de Pombal é uma boa notícia para os aveirenses, essencialmente, porque este novo espaço trará uma melhor qualidade dos serviços na área da Justiça, melhores infra-estruturas e melhores níveis de produtividade nos serviços judiciais. 

Contudo, é necessário ressalvar duas notas em relação a este novo equipamento: a liderança e a nova centralidade (este último argumento utilizado pelo Presidente da Câmara).

1. Este equipamento para a cidade é consequência de um grande empenho do Governo Civil de Aveiro. Não obstante o necessário trabalho conjunto com a autarquia, é importante sublinhar o papel de liderança que o Governo Civil representou neste processo, sendo de questionar, como noutros diplomas e assuntos de mais alta relevância para o Concelho (CIRA, nova entidade de gestão da água e saneamento, atracção de novos investimentos..) se Aveiro tem um executivo que toma decisões a favor dos seus munícipes e se, essencialmente, assuma o seu papel de liderança.

2. No dia 26 de Junho, foi discutido na Assembleia Municipal o futuro da Avenida Dr. Lourenço Peixinho. Os especialistas em planeamento e urbanismo advogam que para regenerar o espaço urbano é necessário dar-lhe vida, trazer as pessoas para o espaço público. Localizar  os equipamentos públicos nessas áreas críticas com potencial e centralidade (como a Avenida) são oportunidades únicas para inverter a tendência de degradação e desertificação. O problema da argumentação do sr. Presidente prende-se, exactamente, nesta filosofia permanente de criar novas centralidades, quando as já existentes e com grande potencial são pura e simplesmente esquecidas ou "adiadas".   

Por isso, havendo vontade política e disponibilidade financeira do Governo em trazer mais equipamentos públicos para Aveiro, sendo esta uma das soluções para revitalizar a nossa Avenida, a autarquia poderia ter dado ênfase numa localização destes equipamentos nesse espaço da cidade ou pelo menos dar a entender que tem algum pensamento estratégico para a cidade. 

João Vargas
Apoiante do Movimento AdoroAveiro

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Desenvolvimento Económico -desenvolver uma Estratégia para Aveiro

O desenvolvimento económico é um dos pilares que sustenta o projecto de desenvolvimento que o Partido Socialista irá apresentar aos cidadãos Aveirenses nas próximas eleições autárquicas. Este objectivo requer que a Câmara Municipal de Aveiro se preocupe com as múltiplas componentes que influenciam a actividade económica que é também bastante diversa.

  •  Papel da Autarquia – Facilitador de uma estratégia partilhada

Sendo a actividade económica maioritariamente realizada por agentes privados, as autarquias têm uma importância fundamental na construção de uma estratégia local/regional participada, que maximize sinergias e defina prioridades no investimento dos recursos público e um papel essencial de facilitador, removendo os bloqueios que impedem o seu desenvolvimento.

  • A produção industrial, o comércio, os serviços, as actividades criativas

Uma estratégia de desenvolvimento económico para Aveiro deve abranger todas as actividades económicas: a agricultura, a produção industrial, o comércio, os serviços, as actividades criativas, os sectores considerados tradicionais ou de elevado potencial. Uma estratégia de desenvolvimento económico para Aveiro deve criar condições que facilitem a actividade das empresas que se localizam no seu território, deve identificar as vantagens competitivas da nossa região nos diversos sectores, deve definir prioridades, deve demonstrar capacidade de atrair investimento. Deve também assumir novos paradigmas estratégicos que tenham impactos na vivência do espaço público, bem como na criação de riqueza. A aposta na criatividade e na cultura deverá ser encarada como ponto estratégico na captação de investimento e promoção de empreendedorismo criativo e artístico.

  • Utilização dos recursos locais de inovação, I&D e marketing

 O enquadramento actual desafia as empresas a apresentar novas soluções que possam garantir elevados índices de produtividade e competitividade à escala global, ou seja, uma utilização eficiente e eficaz dos recursos e um incremento da capacidade de inovação, I&D e marketing, com uma nova atitude socialmente mais responsável para com a comunidade envolvente.

A ligação integrada e sistemática do Sistema Científico e Tecnológico ao Tecido Produtivo é portanto essencial sendo necessário definir medidas que proporcionem um melhor aproveitamento económico da capacidade local de investigação, desenvolvimento e inovação, onde se destaca Universidade de Aveiro.

  •  A qualificação dos recursos humanos
A competitividade da actividade empresarial exige também a captação de recursos humanos cada vez mais qualificados. Paralelamente a empregabilidade estará cada vez mais dependente da qualificação acumulada ao longo da vida. Convém portanto identificar as fragilidades na oferta de recursos humanos que devem ser eliminadas para que Aveiro possa ser mais atractiva para o investimento privado.

  •  As barreiras administrativas

A actividade económica cruza-se inevitavelmente com serviços públicos dos quais, por vezes, depende a concretização de investimentos. Acresce que o investimento privado tem muitas vezes ‘timmings’ apertados que são condicionados por oportunidades de mercado. Uma cidade competitiva na atracção de investimento deve adequar a sua actividade a esta realidade e eliminar os factores associados à administração autárquica que, de alguma forma, bloqueiem injustificadamente a actividade económica.

  • O espaço onde as empresas se fixam

 É com certeza importante criar espaços qualificados, geridos de uma forma integrada, bem localizados, ambientalmente sustentáveis, competitivos em termos de custo, onde as empresas se possam fixar e desenvolver.

A Candidatura do Partido Socialista à Câmara Municipal de Aveiro ouvirá durante o próximo mês diversos peritos, agentes económicos e todos os cidadãos que queiram contribuir para a elaboração de uma Estratégia de Desenvolvimento e Económico para Aveiro, num percurso que abrangerá todas os elementos acima citados.


Paulo Jesus

Apoiante do Movimento AdoroAveiro