segunda-feira, 20 de julho de 2009

Que mobilidade para Aveiro?

Aveiro tem condições para estar entre as cidades de referência a nível europeu no que toca à mobilidade urbana. Não apenas pelas suas características físicas, pela sua imagem de marca (ainda será?) de "Cidade das Bicicletas" mas também pelo centro de conhecimento que é, um novo modelo de mobilidade é urgente para garantir aos aveirenses uma melhor qualidade de vida.

Em Bocholt na Alemanha apostou-se em transformar a cidade numa área mais compacta com um aumento da densidade populacional e nas distâncias curtas entre residência e actividade, com controlo da expansão urbana e condições favoráveis a ciclistas e peões. Esta aposta resultou em 90% da população da cidade vive a 3 km do centro e 33% das deslocações são feitas de bicicleta.





Brugge, na Bélgica, afirmou-se como a "Cidade do Peão": as ruas com menos de 100 veículos/hora foram transformadas em espaço de partilha, os passeios foram rebaixados nas restantes ruas, condições físicas construídas para cidadãos de mobilidade reduzida e sinalização em relevo para invisuais. Os resultados são excelentes: não foi registado qualquer acidente com peões desde que o plano foi implementado, há mais vida na rua, mais comércio, mais qualidade de vida, mais atracção de novos habitantes, maior satisfação dos cidadãos;





Gotemburgo, na Suécia, valorizou os seus transportes públicos numa lógica de combinação de soluções de controlo de tráfico e detecção automática de veículos. O programa levado a cabo nesta cidade sueca teve como principais elementos de sucesso a criação de uma entidade de transportes responsável pela gestão integrada dos transportes (tráfego, autocarros, comboios, aposta forte na informação de horários). Este programa teve como principais consequências uma diminuição dos tempos das viagens, diminuição dos tempos de espera de 22%, elevado grau de informação em tempo real);

São alguns exemplos de apostas ganhas na área da mobilidade. Que modelo ou modelos a implantar no Concelho de Aveiro? Que perspectivas têm os aveirenses sobre a forma como se deslocam da área de residência para o seu trabalho e no lazer? Será o transporte privado a única alternativa? Porque não tornar Aveiro de novo a "Cidade das Bicicletas"?

João Vargas
Apoiante do Movimento AdoroAveiro

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