quarta-feira, 20 de maio de 2009

Mobilidade sustentável


"Não são muitas as ruas de Aveiro com pista para velocípedes. E as que existem estão na maioria maltratadas. É o caso da Avenida Dr. Lourenço Peixinho, onde o piso está degradado e as marcações quase sem tinta. Só a zona da Universidade tem piso melhor. Nalguns casos, as ciclovias estavam ocupadas pelo estacionamento de automóveis. Durante toda a tarde, a maior dificuldade que tive foi travar a bicicleta. Nas descidas mais acentuadas é preciso começar a travar com muita antecedência porque os travões estão gastos e desafinados. Por pouco não ia tendo um acidente ao descer uma das pontes da ria! Acresce o facto de as mudanças só se conseguirem engrenar com muito esforço. Em suma: falta manutenção às BUGAS de Aveiro."
"Ao longo de 5 horas diverti-me, fiz exercício, apanhei um susto e cruzei-me com dezenas de outros ciclistas de várias idades. Gostei da experiência mas percebi que, 8 anos depois de terem nascido e sido apontadas como um exemplo de mobilidade sustentável, as BUGAS de Aveiro precisam de manutenção urgente por parte da empresa municipal a que pertencem". (retirado do site da TSF, Fim da Rua)

Atendendo ao potencial da cidade para os modos suaves de transporte porque é que as BUGAS deixaram de ser uma aposta municipal?

3 comentários:

  1. Interessante Post.

    Acabo de chegar ao hotel após um passeio de 2 horas na cidade de Bolonha em que pude ver alguns dos seus belos monumentos e percorrer algumas das fascinantes ruas desta histórica cidade Italian. Apesar de viajar muito regularmente em trabalho este foi um dos raros momentos em que pude ver (e viver) um dos locais por onde passei. O programa que a cidade de Bolonha tem de distribuição gratuita de bicicletas permitiu-me esta “escapadela” entre as 18:30 e as 20:30.

    Incompreensível, de facto, esta falta de aposta da autarquia Aveirense nas bugas: uma da forma de mobilidade económica, democrática e amiga do ambiente para quem habita ou visita a cidade de Aveiro. Ainda mais sendo um projecto muito mais simples e economicamente muito mais sustentável que os exemplos que tenho visto no resto da Europa (com cauções e outros processos que só complicam a utilização).
    PJ

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  2. o projecto buga foi sem duvida um cartão de visita de aveiro, dei por mim a falar com pessoas em outros locais e todos eles reconheciam aveiro além dos moliceiros e ovos moles pela buga também..mas este projecto não passou de uma boa ideia mas mal concretizada e pensada a fundo..

    o bom:
    promoção da cidade, uma imagem ambientalista, divertida e reforço da zona de aveiro como uma das maiores produtoras de bicicletas do país..um meio de locomoção preveligiado pelas carateristicas planas da cidade..gratuita!

    o mau:
    as pistas não foram criadas de raíz e muitas delas não passavam de remendos de cimento alternado com calçada portuguesa, foi tentar fazer omoletes com poucos ovos, a solução além de dar um aspecto "remendo" veio roubar estacionamento à avenida e com a colocação de grades nos passeios dificultar o mesmo e a propria locomoção de peões e ciclistas..
    a ideia do gratuito é ecelente mas deste meio sem o tal e ainda aguardado "chip de localização" houve quem levou a buga para outros locais, e fazia dela usufruto próprio a tempo inteiro, a solução gratuita é boa mas não nos parâmetros que foi..

    revitalizar:
    é importante revitalizar as bicicletas, ainda que e menos número, estas não deverão ser elas próprias "um remendo", relocalizá-las em sitios estratégicos e fomentar em conjunto com o turismo rotas/guias turisticos até com via GPS assim como já acontece em Lx com a RED TOURS..o maior desafio já foi concretizado que foi nascer o projecto, agora só falta dar-lhe o que ele merece!conto consigo para tal desafio!

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  3. Julgo, com respeito e concordância com o que aqui já foi dito, que o maior óbice à utilização da bicicleta, seja ela BUGA ou não, prende-se com o urbanismo desajeitado e com a pouca qualidade dos nossos espaços públicos. Se há uma intervenção que os cidadaos pedem dos poderes locais, é a intervenção a este nível. Este liga-se ainda com a qualidade ambiental. Certo é que são quase inexistentes espaços de qualidade também nesta área, tais como jardins acessíveis à população para onde apeteça ir andar de bicicleta.

    Além do mais, a desistência do investimento nos transportes públicos, a par com a má qualidade dos arruamentos da cidade e o aumento do tráfego, agravaram o apelo que a utilização da bicicleta tradicionalmente sempre teve em Aveiro.
    Apostar na Buga, é apostar num símbolo do transporte por bicicleta, que só se traduzirá num fenómeno de massas, se em complemento se repensar o espaço público.

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