terça-feira, 26 de maio de 2009

Subir a parada

Já passaram algumas semanas sobre um artigo de jornal muito bem escrito (é a minha opinião…) em que o autor alertava para o baixo nível que as candidaturas autárquicas à Câmara Municipal de Aveiro iriam ter. Na verdade, nessa altura só o candidato do partido socialista Dr. José Costa era publicamente conhecido, o que tornava o artigo prospectivo em relação aos outros candidatos. O tempo vai passando, e para fazer estas contas sobre a “qualidade” dos candidatos é necessário conhecer os ditos!

Vive-se um estado de anestesia letárgica que foi gradualmente tomando conta da cidade nestes últimos quatro anos, alimentado pela ideia opiácea de uma dívida. Se não há governação activa, porque não deixar esta coisa do candidato, para quando os prazos legais o impuserem? Já que se “geriu” a cidade com uma equipa preparada para tudo, menos para isso (que, pela sua falta de preparação, teve que fazer um enorme esforço para tapar os buracos da peneira) pode ser que tudo continue na mesma, que não se dê por nada.

Voltando às contas da qualidade das candidaturas mesmo que o Dr. José Costa valesse 20 valores (ninguém vale 20) por ausência, teríamos uma média efectivamente baixa nesta disputa autárquica. É claro que, mais dia menos dia, o valor desta média subirá, mas cada dia que passa, é um dia retirado à vida democrática e ao confronto ideológico.

O valor do Dr. José Costa não o vou discutir porque sou seu amigo e seu apoiante. O dos seus opositores potenciais e das suas ideias e políticas, só posso discutir quando elas se corporizarem, portanto resta-me falar agora do seu vazio.

Para quem pudesse ter dúvidas, o Dr. José Costa foi convidar para seu mandatário uma personalidade acima de qualquer dúvida, sobre a sua capacidade, inteligência e seriedade, o Prof. Júlio Pedrosa.

Esta escolha mostra uma vontade forte de criar uma equipa, mais do que vencedora, uma equipa reconstrutora! Lança pontes para todos, da direita à esquerda, que querem (re)colocar a Aveiro no rumo do desenvolvimento e na afirmação nacional (eu acho que há 4 anos se estava nesse caminho, mesmo que se tivesse investido, e bem, dinheiro para que isso acontecesse). Como foi capaz de tornar a Universidade num prestigiada instituição nacional e internacional, o Prof. Júlio Pedrosa será a certeza de que o Dr. José Costa terá sempre um conselheiro sábio, visionário e construtor de consensos.

Quem fez esta escolha, começa com ela, de uma forma serena, a construir um caminho alternativo, válido e vencedor.

Quanto à discussão sobre o que deve ser Aveiro nos próximos 12 anos (é este o prazo de tempo que me parece indicado para a análise) este primeiro passo eleva indiscutivelmente a qualidade.

Haja interlocutores!

Gostaria, como cidadão, que este facto constituísse um desafio para as outras candidaturas, para que a média dos candidatos não baixasse, para que de uma vez por todas, ser presidente da Câmara de Aveiro necessitasse mais do que ser boa pessoa.

Obrigado por terem “subido a parada”.

O importante não é aquilo que fazem de nós,

mas o que nós mesmos fazemos,

do que os outros fizeram de nós”

Jean Paul Sartre


Paulo Trincão

Apoiante do Movimento AdoroAveiro

sábado, 23 de maio de 2009

Sistema de transportes em Aveiro



http://www.terranova.pt/site/default.asp




Os transportes públicos são uma das maiores necessidades dos munícipes de Aveiro, sendo mesmo considerado pela opinião pública como uma das grandes lacunas da cidade e das freguesias que a envolvem. O repensar dos transportes não deveria estar numa das prioridades da administração aveirense? 


A inviabilização do metro de superfície em substituição da Linha do Vouga retira a hipótese de ser viável para outros locais do município e, também, para a ligação a outros concelhos circundantes como Ílhavo ou Estarreja?


A discussão em torno do sistema de transportes em Aveiro é um assunto essencial para o desenvolvimento do Concelho, para a sua coesão social e para implementação de maiores sinergias entre os Concelhos circundantes. 




quarta-feira, 20 de maio de 2009

Mobilidade sustentável


"Não são muitas as ruas de Aveiro com pista para velocípedes. E as que existem estão na maioria maltratadas. É o caso da Avenida Dr. Lourenço Peixinho, onde o piso está degradado e as marcações quase sem tinta. Só a zona da Universidade tem piso melhor. Nalguns casos, as ciclovias estavam ocupadas pelo estacionamento de automóveis. Durante toda a tarde, a maior dificuldade que tive foi travar a bicicleta. Nas descidas mais acentuadas é preciso começar a travar com muita antecedência porque os travões estão gastos e desafinados. Por pouco não ia tendo um acidente ao descer uma das pontes da ria! Acresce o facto de as mudanças só se conseguirem engrenar com muito esforço. Em suma: falta manutenção às BUGAS de Aveiro."
"Ao longo de 5 horas diverti-me, fiz exercício, apanhei um susto e cruzei-me com dezenas de outros ciclistas de várias idades. Gostei da experiência mas percebi que, 8 anos depois de terem nascido e sido apontadas como um exemplo de mobilidade sustentável, as BUGAS de Aveiro precisam de manutenção urgente por parte da empresa municipal a que pertencem". (retirado do site da TSF, Fim da Rua)

Atendendo ao potencial da cidade para os modos suaves de transporte porque é que as BUGAS deixaram de ser uma aposta municipal?

Contacto para envio de contributos


Para todos os aveirenses  ou amigos que adoram Aveiro que queiram contribuir para o blogue, com ideias de mudança, com as suas experiências no concelho e com a sua opinião sobre o seu rumo, podem enviar para:

adoroaveiro@gmail.com

Se quiseres aderir ao Movimento AdoroAveiro, inscreve-te no site www.adoroaveiro.com 

Participa e contribui, são pequenos gestos que podem mudar e melhorar a nossa cidade através da reflexão sobre o seu presente e futuro. Aveiro somos todos nós.

O Movimento AdoroAveiro

sexta-feira, 15 de maio de 2009

II Congresso Republicano e a identidade dos aveirenses



Existe uma marca histórica indelével da identidade dos aveirenses. No período cinzento e sem abertura que foi o salazarismo, esta cidade tornou-se o epicentro de reunião e reflexão das correntes que se opunham ao regime autoritário. Os três congressos republicanos (mais tarde apelidados da oposição democrática) em 1957, 1969 e 1973 realizados em Aveiro, foram momentos essenciais na luta contra a ditadura e o rosto de quem pensava diferente, momentos que proporcionaram o encontro, a troca de ideias  e a união de quem queria construir um Estado verdadeiramente democrático em Portugal. 

Em 1957, 1969 e 1973, os democratas aveirenses foram capazes, com perseverança e coragem, de possibilitar o encontro de todos os democratas e demonstrar a todo o país que era possível lutar contra o que parecia impossível. Segundo, Joaquim Silveira, um dos democratas envolvidos na organização do Congresso, "era em Aveiro que havia pessoas mais motivadas para as lutas políticas. Aveiro não era propriamente um distrito muito democratizado, mas havia uma vontade firme de combater o regime". O nosso Teatro Aveirense encheu de congressistas liberais, esquerdistas, socialistas e comunistas, entre os quais os aveirenses Mário Sacramento, Álvaro Seiça Neves, Costa e Melo, Artur Bártolo, Augusto Chaves, Flávio Sardo, João Sarabando, Joaquim Silveira, Carlos Candal, Jorge Sarabando, Santos Pato e Élio Sucena

No próximo Sábado, dia 16 de Maio, comemora-se no Teatro Aveirense, palco do II Congresso Republicano, os 40 anos da segunda reunião dos democratas portugueses. Mário Soares, que também participou no II Congresso Republicano, irá estar presente, bem como o Ministro Rui Pereira, Filipe Neto Brandão, Élio Maia e Artur Santos Silva. 

Compreender e assinalar eventos e personalidades da História de uma comunidade é um elemento fulcral para motivar o sentimento de pertença, a identidade e o espírito cívico de um povo. Não há identidade e capacidade para unir os aveirenses sem recorrer à justa exaltação de um momento único da nossa história, que demonstra, visceralmente, o espírito de ser aveirense e o amor irredutível à liberdade que possuímos. Para Filipe Neto Brandão, governador civil de Aveiro, "Comemorar o II Congresso Republicano, para além da justa exaltação da memória dos homens e mulheres que o idealizaram e tornaram possível, constituirá uma oportunidade para revisitar os valores republicanos enquanto projecto, nunca acabado, de regeneração política e de afirmação da cidadania".

Movimento AdoroAveiro 

terça-feira, 12 de maio de 2009

Dia da cidade: popularizar a cultura, viver o espaço público.

Os dias das cidades são dias frutuosos para reflectir sobre como promover a identidade de uma localidade.
O dia da cidade de Aveiro é uma festa com uma marca religiosa muito forte. Sendo forte, não quer dizer que apenas eventos de carácter oficial ou religioso devam ser levados a cabo. O dia da cidade pode ser o núcleo temporal primordial para se festejar Aveiro, criando sinergias culturais que promovam a identidade da cidade, através de um apelo à criatividade, como o dia-montra de todas as actividades culturais produzidas no município.
A vocação religiosa do dia pode ser extravasada com iniciativas culturais espalhadas pela cidade. Uma cultura com eventos mais próximos das pessoas, um verdadeiro apelo à vivência de cidade, onde os agentes criativos possam expor o seu trabalho e através de projecto comum possam criar nós de parceria e motivar uma festa da cidade plena. A promoção cultural é, possivelmente, das formas mais eficazes de fomentar o sentido de pertença entre cidadãos, e ao mesmo tempo, torna-se uma oportunidade excepcional para todas as associações e agentes culturais de Aveiro mostrarem o seu trabalho de uma forma mais próxima e imediata.
O dia da cidade pode ser melhor vivido, com mais cultura na rua, mais aveirenses na rua, com mais vivência de espaço público.
João Condinho Vargas
Apoiante do Movimento AdoroAveiro

sábado, 9 de maio de 2009

Adoro Aveiro

Aveiro é uma cidade única. A natureza ofereceu-lhe o mar na forma de Ria que a atravessa como se fosse o seu sangue e a sua alma, é uma cidade onde o rural, o urbano e o marítimo coexistem numa harmonia plena.

Mas Aveiro é uma cidade única sobretudo pela sua gente, no seu braço e engenho testemunhado no património, no seu carácter empreendedor, na sua criatividade, na sua resistência e determinação, na sua sede de progresso e no seu amor à liberdade.

É um lugar onde os seus habitantes não ficam indiferentes à marcha dos acontecimentos da sua comunidade. E mesmo sendo bela e transbordando de gente audaz, ousada e criativa, a cidade de Aveiro precisa com urgência de ser melhorada.

O Movimento Adoro Aveiro pretende catalisar o espírito da gente de Aveiro, reabilitando a sua marca distintiva de participação e resiliência face ao progresso, convocando todos os aveirenses, num processo participativo, a ser parte integrante e decisiva do desenvolvimento da sua comunidade.

Por isso, precisamos do seu contributo, do seu testemunho, do seu braço e do seu engenho para motivar um movimento de ideias e de acção para reactivar o que sempre distinguiu os aveirenses e a sua identidade. A sua opinião interessa, a sua vivência de munícipe será decisiva para a construção de um movimento que quer revigorar o verdadeiro sentido de ser aveirense. 

Apelamos, assim, à sua participação para viver melhor Aveiro.